sábado, 13 de julho de 2013

Cap III




          Lucy’s POV:
- E agora? E agora o que faço?! – Choramingava comigo mesma – que fui eu fazer?! – Parei de andar, não fazia sentido embrenhar-me mais na floresta, eles nunca viriam até onde me encontrava. Deixei-me cair, também não fazia sentido continuar de pé. Desde que era pequena tinha um medo terrível do escuro, o que se acravou quando me fecharam na cave durante tantos anos. Agora encontrava-me na escuridão absoluta, no meio de uma floresta selvagem, cheia de seres noturnos que eu desconhecia, e apesar disso não sentia absolutamente nada. Nada… De repente ouve-se um ramo partir-se, como se pisado. Viro a cabeça na direção do barulho na esperança de ver alguma coisa, mas naquela escuridão nada via a não ser o que o brilho da lua iluminava.
            E esta lua, tão grande, magnifica e esplendida, sendo associada ao amor por uns e à solidão por outros. Tudo isto se fundamenta no facto de que em qualquer momento ao olhar para ela sentimos o que queremos sentir. Se nos sentirmos apaixonados iremos associa-la ao amor, mas por outro lado se nos sentirmos sós e abandonados, só iremos piorar, desgastando o que resta do nosso ser.
            Fiquei muito tempo a olhar para ela, revivendo as memorias que eu tanto queria esquecer, aquelas que eu julgava já ter esquecido, daqueles anos de tortura e solidão. Começa a chover no preciso momento em que eu tento parar as memórias. Só naquele momento me apercebi da magnitude daquele astro, daquela Lua sem outra igual e que embora pareça tão perto, está tão longe, descoberta numa frecha num teto feito das ramagens de árvores sombrias. Então, só naquele momento me apercebi que numa das árvores estava recortada a forma de uma casa… Já tinha ouvido falar neste tipo de construções, mas nunca tinha visto uma. Decidi então ver como ela era mais de perto, levantei-me e corri na sua direção.
            A casa estava longe, e por mais que corresse parecia que ela mais se afastava, até ao momento em que me embaraço numas cordas que parecem ser uma espécie de escada. Subi e deparei-me com uma espécie de posto de vigilância, só que não estava lá ninguém. Era o que pensava eu.
            - Obrigada Lua, por me fazeres encontrar um abrigo – Murmurei em direção à Lua, tão longinquamente perto e proximamente longe. Ouvi um pequeno barulho, mas supus que se tratava de algum animal que estava por aqui. Mesmo assim decidi averiguar a instalação. Dirigi-me para a porta e ao abri-la, ela fez um tremendo rangido.
            - Está aqui alg… - Perguntei, sendo interrompida por alguém que me tinha agarrado por trás, e me encostado uma faca ao pescoço. Tinha-me agarrado os dois braços com uma mão, forçando-me a ficar encostada a ele e a outra mão mantinha a faca encontrada ao meu pescoço.
            - Quem és tu? – Perguntou-me uma voz masculina
            - hum… - gemi, pois ele estava a segurar-me com muita força, mas isso apenas fez com que me segura-se com mais.
            - Quem és tu?! – Repetiu
            - Lucyanne Wolffield – respondi-lhe eu, ao falar senti a faca a cortar me um pouco da pele e sentia que um pouco de sangue estava a me escorrer pelo pescoço. Ele apercebeu-se disso
            - Desculpa – murmurou, quase não dando para ouvir e diminuio na força – Wolffield dizes tu. Hum… esse nome não me é estranho. – Continuou baixinho, mas desta vez parecia que estava a falar consigo próprio – Que fazes aqui?
            - Procuro abrigo, pois fugi de casa – estava a começar a ganhar confiança nele, pois a sua aura era me familiar
            - Não devias ter fugido de casa, e muito menos entrado na Floresta – disse me num tom mais acolhedora, mas sem nunca me soltar – se não fosse eu quem estava aqui já estarias morta – sussurrou-me ao ouvido, e com isto soltou-me.
             - Tu és me familiar – disse antes de me voltar para ele. Ao olhar melhor vi que ele tinha uma cicatriz na cara que passava pelo olho. Sem me aperceber aproximei-me e passei um dedo por ela. Ele era loiro, alto, robusto, olhos esverdeados mas com um ar tão familiar, como se eu já o conhecesse desde sempre.
            - Lembraste de mim? Como é possível? Eras apenas uma criancinha quando eu…
            - Quando tu fugiste da cave em direção a esta floresta – interrompi
            - Eu não te cria deixar sozinha nas mãos daquele… mas não havia nada que eu pudesse fazer
            - Tu prometes-te me que me irias libertar, mas passaram-se 10 anos após a tua fuga e nada. – Disse-lhe olhando-o nos olhos, com lagrimas nos olhos. – Eu senti tanto a tua falta – as lagrimas escaparam-me, baixei a cabeça. Ele agarrou-me numa mão e puxou-me na sua direção, abraçando-me com força. Eu, em resposta passo os braços à volta do seu pescoço e puxo-o para mim. Não quero ter de me separar dele outra vez.
            - Eu também senti a tua falta, Anne
            - Não me comeces a chamar Anne outra vez, Mike
            - Lu, tens de voltar à vila
            - Porquê? Para voltar aquela cave maldita?!
            - O teu avô deve estar preocupado contigo
            - Ele morreu, fugi no funeral, pois o Mayor quer me voltar a por lá dentro. Logo no momento em que eu já estava a me habituar à liberdade
            - Foste libertada?
            - Sim, à 2 anos, mas após a morte do meu avô eu tenho de ficar com o Major. Este quer que eu volte à cave, mas com uns extras… Eu não quero!!! – Disse, apertando-o mais
            - Vais me sufocar Lu!! Eu também não te queria deixar ir mas tem de ser, espera por mim que eu irei-te salvar. Um dia. Apenas espera. – Disse ele, libertando-se do meu abraço apertado-E agora uma pequena lembrança – continuou, aproximando a sua cara da minha, dando-me um beijo na bochecha. – Agora vai, antes que eu me arrependa.
            - Mas, como é que eu vou?
            - Se reparares, algumas arvore têm uma folhagem prateada, orienta-te por elas
            - Obrigada Mickael!
            - Não voltes a chamar isso
            E assim lá fui eu, para o último sitio onde devia ir, na direção contraria a onde deveria estar…

            Mike’s POV:
            Como pude deixa-la escapar-me por entre os dedos outra vez? Mesmo sabendo que provavelmente não a poderei salvar, mandei-a ir, e o pior é que ela sabe mas não quer acreditar… Mas, como pôde ela ter vindo até aqui, quase nas profundezas da Floresta, sem ser morta por algum dos seres que nela vagueiam? Será que ela é um deles?
(Flashback)
            Quando eu vim para a Floresta, a única coisa que me passava na cabeça era fugir, fugir da cave o mais depressa que podia. Quando senti que já estava em segurança, já longe do alcance daquele que me mantivera em cativeiro, ouvi os gritos de Lucy. Parecia que estava a ser torturada, talvez para descobrirem onde eu estava, para onde eu tinha fugido. Ela no início gritava “não” e “nunca” de uma forma agressiva, como se fosse apenas uma resposta, sem traços de dor na sua voz. Após esses primeiros gritos, surgiram outros, mas esses já eram de puro sofrimento. Suponho que este seja um dos principais motivos para que a Lucy odeie tanto a cave. Sentia-me e ainda me sinto responsável por ter causado todo esse sofrimento à Lucy.
Bem, eu corri o mais que pude, a tentar fugir do som quando o meu pé fica preso numa armadilha. Passaram-se algumas horas, os gritos de Lucy haviam cessado e eu ainda me encontrava preso sem esperança de fuga. De repente oiço uns barulhos vindos de uns arbustos e só penso “este é o meu fim”, fecho os olhos e fico à espera, até que oiço uma voz dizer “ohh, e eu que queria tanto comer urso ao jantar”. O homem a quem pertencia a voz aproximou-se de mim e começou a me libertar a perna, mas nesse preciso momento uma espécie de urso salta para cima de nós, e eu puxei o homem, de forma a que ele ficasse no chão, fora da trajetória do urso. Assim o urso veio direitinho a mim, passando a pata na minha cara, fazendo a cicatriz que eu tenho hoje. o urso não fez mais do que isso, pois o homem ,que não tinha caído no sitio onde eu pretendia, trespassara-o com uma espada de aspeto surreal, emitindo uma luz avermelhada conforme ia trespassando-o.
- Miúdo, estás bem? – Perguntou-me com um tom agitado. Ao ver a minha ferida no rosto rasgou um pedaço da camisa que usava, dobrou-o e deu-me – Faz pressão. Isso deve dar-nos tempo para chegarmos lá. – Depois virou-se para trás e gritou – PHILIPE, vem aqui! Ajuda este nosso amigo a chegar inteiro à aldeia. Eu vou levar o nosso jantar.
Philippe era um rapazinho com cerca de 9 anos, eu tinha 12. Era muito forte para a idade e ajudou-me a chegar à tal aclamada aldeia. Não deve ter sido trabalho fácil, pois alem de cambado eu não podia ver com o olho esquerdo.
- Bem, como já deves ter percebido sou o Philippe, mas podes tratar-me por Phil. Aquele ali é o John. E tu como te chamas?
- Eu sou o Mike, Mike Collins. Para onde vamos?
- Já vais ver, estamos quase a chegar.
Quando chegámos ao portão, uma voz perguntou:
- quem vem aí?
- Jack, abre o portão se quiseres jantar
- Menino Philippe e Sr. John já chegaram!! Abram o portão!! – gritou Jack, e o portão abriu-se, estado uma figura feminina à espera.
- Mãããeee……
- Phil, quantas vezes é que eu já te disse que não podes sair sem pedir permissão primeiro? –e ao olhar para mim disse - E o que aconteceu a este nosso amigo? Bem vou leva-lo para o hospital, tu vai ajudar o teu tio a trazer o urso.
- Olá…… Chamo-me Mike Collins
- poupa a tua força, vai precisar dela. Contas-me o que aconteceu depois , ok?
- ok. – E assim ela pegou-me ao colo e levou-me para o tal hospital.
E assim foi como eu conheci Elena Wolffield, Philippe Wolffield e John Rowswell.
Lucy’s POV:
Segui as instruções de Mike e voltei à vila sem problema. Quando eu voltar para a casa, o Mayor vai me trancar na cave por isso pensei em passar pela casa de Chris, e assim fiz. Trepei pela parte de trás do edifício, onde tinha as pedras mais salientes e entrei facilmente no quarto de Chris, pois a janela deste estava aberta. O quarto estava vazio, como se ninguém tivesse vivido ali, com a exceção de uma carta que estava no centro do quarto vazio. Nela estava escrito:
“Querida Lucyanne,
Se estais a ler isto, eu estava certo quanto ao facto de que você viria à minha procura e deve estar a se questionar o porque de a minha casa estar vazia.
Desde o momento em que nasci, os meus pais arranjaram-me um casamento com uma nobreza de Áustria. O casamento será 2 meses depois de eu chegar lá. Os meus pais ao verem que eu estava a ficar muito próximo de si, tiveram medo que eu fosse ao teu avô pedir a tua mão, e fizeram com que o casamente fosse antecipado.
Desculpe não a ter avisado antes mas acontece que quando eu ia ter consigo, o Mayor fez com se enervasse e fugisse para a Floresta Negra.
Eu deixei Ends Ville logo após o funeral.

Com as mais sinceras desculpas
Christian Campbell“  
           
            - Não……… Porquê que todos aqueles que eu amo me deixam para trás?! Porquê?!
            - creio que isso se deva ao facto de que eles não a amam verdadeiramente, menina Lucy. – disse uma voz atrás de mim, a voz do Mayor. – GUARDAS! Levem-na para a masmorra*.
*a cave é uma masmorra, mas quando falam na masmorra dizem cave, porque é uma forma mais leve de se referirem à masmorra

            Mike’s POV:
            -Hey Mike, hora de troca de turno – disse Philippe – o que se passou para estares nesse estado? Um urso veio cá a cima?
            - Pior. A tua irmã.
            - A Lucy? O que é que ela tem?
            - Ela veio cá a cima e…
            - E…?
            - E eu mandei-a de volta para aquela maldita masmorra!
            - Nós estivemos estes anos todos à espera que ela entrasse na floresta e tu mandas ela voltar para lá?! O que é que raio se passa contigo?! – Gritou-me Philippe
            - Eu só não quero que ela tenha de passar por tudo aquilo que…
            - Que os seres sobrenaturais, neste caso bruxas têm de passar.
            - Ela é a última pessoa que devia passar por isso… Eu é que devia sofrer, não ela!
            - Hey! Tens consciência que o mayor sabe de tudo, não sabes? Tu fazes a mínima ideia do que vai acontecer-lhe se ele lhe mete as mãos em cima?!!!
            - Fica aqui! Eu vou ver se consigo remediar a situação.
            - Tu nem penses que eu vou te deixar ir sozinho!
            - Tu não consegues passar a barreira, eu consigo! Ninguém naquela maldita aldeia consegue! Eu sou o único ser que não tem a porcaria desse sangue! Ela é diferente, ela…
            - Tem o mesmo sangue que eu… eu percebo-te. Ela ainda não exerce, não sabe de nada. Só aqueles que têm conhecimento da magia e que conseguem contrala-la estam presos na floresta. Vai, estamos a perder tempo aqui a discutir. Eu vou contigo até a fronteira.
            - Vamos!!!

            Lucy’s POV:

            - Para quê resistir se já perdeste tudo aquilo que amavas? Os teus pais, o teu irmão, o Christian, o teu avô… até já te perdeste a ti própria… para onde fugirás? Para a pança de um urso?
            - Você está errado! Ainda existe uma pessoa que não me abandonou
            - Não me digas que te estás a referir aquele rapazinho que fugio à 10 anos atrás. Esse é o pior deles todos. Esse abandonou-te sem pensar duas vezes, tornou o teu amor em puro sufrimento!
            - Eu não admito que fale assim do meu Miki!! – e assim ouve uma enorme explosão, a casa ficou em chamas e eu saltei pela janela, em direção à floresta, mas a orla da floresta estava cheia de soldados. Não existia nenhuma forma de fuga possível, este era o meu fim..
            - LUUUUUUUU!!!!
            - Mike? MIKEEEEE!!!! Salva-me, por favor. – de repente fica quente, abro os olhos e estou dentro de um circulo de chamas azuis – Mike????
            - Lu, eu disse que voltava – disse Mike à minha trás abraçando-me. No momento em que me viro, olho-o nos olhos e vou-me aproximando a minha cara da sua. Ele percebe a minha intensão e é mais rápido do que eu.
            Este fora o meu primeiro beijo, ao Luar entre chamas azuis.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------  Desculpem o facto de eu ter demorado quase um mês a escrever isto, mas para compensar tem o dobro. 
Espero que estejam a gostar, pois eu escrevo isto para alguma coisa :P
Bem.... 1º beijo da Lucy, n tavas à espera xD
Eu tinha de pôr um Cap no dia mundial do Rock.... Love it!!!

Got to keep going
KS

sábado, 8 de junho de 2013

Personagens


Personagens:


*Lucyanne Wolffield:


Fisico: altura -1,60m, nada bronzeada, cabelo liso castanho mel-caramelo, olhos grandes camaleão (normalmente são cinzentos) , rosto delicado, rubusta,

Psicologico: simpatica, inocente, perspicaz, ironica, respondona, selvagem, indomavel,  direta, inteligente, leal


Data de nascimento: 26/11/1098

1ª Apariçao: Cap I

Estado civil: Solteira

Estado: Viva


Igual à mãe, exepto os olhos, o cabelo e alguma personalidade


*Jared Wolffield:


Fisicamente: altura-1,80, ligeiramente bronzeado, cabelo  castanho escuro liso, olhos castanhos escuros, cara ligeiramente retangular, rubusto.

Psicologico: literal,resmungão, protetor, agressivo, perspicáz, leal


Data de nascimento: 14/05/10??

1º Aparecição: Cap I

Estado Civil:Casado

Estado: Desaparecido (Missing)


*Elena Rowswell/Wolffield:


Fisico: altura-1,65m, nada bronzeada/branquinha, cabelo encaracolado castanho escuro, olhos camaleao (mas normalmente são castanho-esverdeado), rosto delicado, rubusta

Psicologico: doce, simpatica, amavel, ignorante, direta, inocente, leal


Data de nascimento:07/07/10??

1ª Aparição: CapI

Estado Civil: Casado

Estado: Desaparecido (Missing)


*Richard Rowswell


Fisico: altura-1,75, nada bronzeado, cabelo branco encaracolado, olhos cinzentos, rosto delicado (e tem uns tiques meios gays)

Psicologico: inteligente, arrogante, nariz-empinado, etc(sinonimos)


Data de nascimento: desconhecida

1ª aparição: CapI

Estado civil: Viuvo/nenhum

Estado: Morto


*Mayor/cavaleiro (nem tem direito a nome, o coitado xD)


Fisico: altura-1,70, bronzeado, cabelo encaraculado preto, gordo, olhos pretos, rosto um pouco deformado por causa dos anos em que foi cavaleiro,

Psicologico: não se sabe muito, pedofilo e arrogante, brutamontes


Data de nascimento: desconhecida

1ª aparição: Cap I

Estado Civil: Solteiro

Estado: Vivinho da Silva


*Christian Campbell (originalmente Christopher)


Fisico: altura-1,69m, nada bronzeado, cabelo ondulado loiro, olhos verdes azulados, rosto ligeiramente retangular,

Psico: simpatico, cavalheiro, honroso, inocente, ignorante, puro, influenciavel, afavel, manipulavel, amavel, leal


Data de nascimento: 23/5/1094

1ªaparição: CapII

Estado civil: Solteiro

Estado:Vivo


*Joseft Wolffield


Fisico: Igual a Jared

Psico: Extremamente conservador, mas a cima de tudo leal. muito semelhante a Jared


Data de Nascimento:24/03/10??

1ª aparição - None - apenas foi referenciado

Estado civil - Casado/nenhum

Estado- Morto


*Mike Collins


Fisico: altura-1,75m, cabelo loiro liso, olhos esverdeados, rubusto, formoso, bronzeadinho, fofo, forte

Psico: Teimoso, irritante, malvado (in the good way/ pervert way), amoroso, inteligente,

 

Data de Nascimento: 09/01/1094

1ª aparição - Cap III

Estado civil: Solteiro

Estado - Vivo 

*Philippe Wolffield

Fisico: 1,70, cabelo castanho encaracolado, muito pouco bronzeado, olhos camaleão (normalmente castanho avermelhado), rubusto, forte

Psico: brincalhão, inteligente, manipulador, simpatico, perpicaz, direto, amoroso, protetor, leal, honesto,

Data de nascimento: 27/01/1097

1ª aparição: CapIII (capI citação)

Estado civil: ? Desconhecido?

Estado: Vivo

 

*John Rowswell

Fisico: 1,68m, bronzeado, cabelo castanho escuro encaracolado, olhos azuis aqua, rubusto, forte

Psico: simpatico, protetor, generoso, leal,

Data de Nascimento: 04/10/10??

1ª aparição: CapIII

Estado Civil: Casado

Estado: Vivo


Dêem me ideias, que daqui a pedaço já deito fumo xD

I'm out


terça-feira, 28 de maio de 2013

Cap II - O início

Lucy POV:
Bem, estou muito determinada em descobrir a minha verdadeira história, pois eu não acredito naquela que me foi contada.
A história é que uma rapariga muito jovem cedeu à tentação antes do casamento e engravidou. O pai da criança tinha ido para a guerra e desaparecido por isso a única solução para ela era se livrar do bebé, deixando-o na porta do orfanato com um bilhete com o meu nome e data de nascimento. Acontece que quando ela estava a se ir embora foi vista por um homem que a identificou como sendo Elena Rowswell, filha única do dono do orfanato, esta nunca mais fora vista e pensa-se que se encontra morta. Ela era a amante de Jared Wolffield, que morrera em combate (supostamente). Eu não acredito nessa história.
O dono do orfanato, meu avô, chama-se Richard Rowswell e ele disse para nunca me preocupar em descobrir os meus pais, pois eles abandonaram-me e não quereriam saber de mim. Existem muitos rumores sobre o triunfo de Wolffield na conquista da sua amada e no seu amor proibido. Um deles é que eles eram perseguidos por um homem muito poderoso e esconderam-se cá em “Ends Ville”, cá eles tiveram um filho, que adoecera e morrera e depois tiveram uma filha. O tal homem descobriu onde estavam escondidos e eles fugiram para a Floresta Negra, deixando a filha para trás, e pensa-se que estão mortos pois quem entra na Floresta nunca chega a voltar. Diz-se que os seus espíritos amaldiçoaram a Floresta e há desaparecimentos regulares, como se fosse a forma pela qual eles se vingavam de terem ser impedidos de se amarem, nesse que é chamado o amor proibido.
Hoje faço 18 anos, o que quer dizer que já me posso casar segundo meu avô. Tenho um namorado secreto, pois não me é permitido ter namorados, ele chama-se Christian Campbell. Eu e ele andamos em busca da verdadeira versão da história, por isso hoje vamos entrar na casa do Mayor da vila para ir à sala do arquivo.
- Chris, não pudemos demorar muito, pois eu tenho de me encontrar com meu avô para o chá
- Não se preocupe, quase que não demoraremos nada. Eu nunca deixaria a minha donzela ficar mal, além disso eu também tenho os meus compromissos – respondeu-me ele. Adoro quando utiliza a palavra “minha” quando me elogia, faz-me sentir que, pelo menos, alguém ainda se importa comigo, ele é o único que nunca me abandonou. Respondi-lhe com um olhar, aquele tipo de olhar que vale mais que as palavras. Agora já não podemos fazer barulho, estamos já quase na casa do Mayor. Chris foi à frente, ver se o caminho estava livre, e eu segui-o um pouco distante. Será que os meus pais podem estar vivos? Será que eles não entraram completamente na floresta e fugiram? Quem será o homem poderoso que os perseguia? Será que eles abandonaram-me mesmo? Qual é a minha verdadeira história? Porque é que quando coisas estranhas acontecem, eu sinto-me diferente? Será que lá estão todas as minhas respostas? A minha vida foi sempre vivida na incerteza do meu passado e no meu receio pelo futuro. Vivi enclausurada durante 14 anos, a me questionar e agora existia a chance, embora pequena, de eu obter todas as minhas respostas, de saber tudo, ao lado de quem amo.
- Lucy, avançai! Se vos afastardes muito perder-vos-ei e vos podereis ser apanhada pelos guardas rotineiros – e assim despertei da minha fantasia, do meu maior sonho: descobrir quem são os meus pais.
- Não precisa de se preocupar comigo, eu conheço esta casa como a palma da minha mão. Passei aqui os meus primeiros anos, antes de…
- Antes da cave… Eu percebo. Vem aí alguém!
- Bem, não está aqui ninguém… Pensei ter ouvido vozes vir deste lado – disse o guarda. Que sorte ele não nos ter visto… - Bem, acho que se for descansar um bocadinho ninguém vai sentir a minha falta… esta vila nem roubos tem, quanto mais assaltantes… a sala dos arquivos parece ser perfeita para dormir um bom sono… - e assim encaminhou-se para lá em passo apressado
Isto não podia correr pior… Mas será que ele não tinha outro lugar para ir descansar? Tinha mesmo de ser na única sala em que  nós precisávamos de ir?!
- Bem, Lucy estai disposta a esperar aqui enquanto eu vou buscar o seu arquivo? – Sussurra-me Chris
- Não! Eu não vim aqui para depois desistir e deixar-vos fazer o trabalho todo, eu também irei. – Então, dito isto, fomos para a sala de arquivo em bicos de pés. Relaxamos um bocadinho quando ouvimos os ressonar suave do guarda, que belo dia para dormir… Ao abrir a gaveta, fez-se um leve som estridente, a gaveta estava perra. O guarda virara-se no chão, onde dormitava, mas não acordara. Olhei de volta à gaveta e vi uma pasta com o nome Wolffield, Lucyanne. Bloquei, todas as respostas estavam nas minhas mãos, só me vêm lagrimas aos olhos e foi assim que tudo escureceu.
Chris POV:
            - Lucy, já encontrou alguma coisa? – Disse olhando para o lado, mesmo a tempo de vê-la desmaiar. Consegui ampará-la, e reparei que ela tinha o seu ficheiro na mão. Será que ela viu algo muito perturbante? Só consigo pensar em tira-la daqui. Vou pousa-la no chão, fechar as gavetas e sair daqui o mais depressa possível. Como isto foi acontecer… Bem está ali a igreja, posso-me esconder lá até ela acordar…
Lucy POV:
            - Hum… o que é aconteceu? – A última coisa de que me lembro é de ter encontrado o meu ficheiro e depois, bem… mas como é que eu cheguei ao jardim atrás da igreja?
            - Desmaiou quando encontrou o seu ficheiro e eu pensei que isso tenha acontecido porque vós tivestes visto algo muito perturbante, por isso eu li e reli tudo, mas não encontrei nada que possa ter causado o seu colapso.
            - Bem, eu desmaiei pois era tanta a minha alegria de ter finalmente as respostas nas minhas mãos, e agora estraguei tudo e não sei nada……
            - Não é bem assim – disse Chris, passando-me três ficheiros, o meu, o de Elena Wolffield e o de Jared Wolffield – após o casamento, todos vós tínheis o mesmo apelido, o que facilitou um pouco a tarefa de busca, havia mais um ficheiro com o apelido Wolffield, mas estava em muito más condições, por isso não tenho a certeza de que seja Wolffield. Neste momento falta meia hora para o chá de seu avô por isso despache-se a ler os ficheiros que depois tenho de voltar a pô-los lá, na sala de arquivo.
            - Não se preocupe, eu não demorarei muito. Agora se me dá licença, irei para ali.
Após quarenta e cinco minutos
       Nem acredito que me deixei levar pela leitura, agora irei chegar tarde ao chá e meu avô me irá perguntar onde estive, mas em comparação ao que eu descobri isso não é nada. Aquele monstro, como pode ele perseguir os meus pais, obrigando-os a vender-me em troca da sua liberdade… e como puderam eles aceitar tal troca sem qualquer hesitação… cheguei a casa de meu avô… vejamos o que ele me tem a dizer…
            - Desculpe o atraso, avô. Eu distraí-me com as horas quando estava a dar um passeio e… Avô? Avô? Onde está? Responda-me por favor! Ó meu Deus… ALGUEM QUE ME AJUDE! POR FAVOR! ALGUE… - o meu avô está no chão, será que morreu? Por favor meu deus, não permita que isto aconteça… por favor NÃO!
             - Menina Lucy, ouvi-a gritar, esta bem? O que acontec…. Ó meu deus nosso senhor… - a escrava de meu avo entrara ao ouvir meus gritos, veio ver se tudo estava bem e encontra o seu patrão estendido no chão, provavelmente morto…. - Eu já vou buscar ajuda…
            Não!!!!! Eu preciso de si avô! Não vá!!!! Por favoorrr!!!!!
. . .
            - E assim nos despedimos deste que fora Richard Rowswell. Descanse na paz de Deus – e assim terminou o funeral do avô. Agora terei de ficar com o Mayor da aldeia porque em caso de morte, o meu avô… simplificando, eu sou uma parte do testamento e o Mayor fica encarregue de mim até eu casar, com quem ele quiser
            Já estou a ficar farta de me estarem sempre a olhar de lado e a dizer “as minhas condolências”, nunca perderam um membro da família?!
            - Lucyanne, preciso de falar consigo – disse me o Mayor – é sobre os seus pais
            - Sobre os meus pais?! Diga logo o que tenciona dizer.
            - O que sabes sobre eles? Quase nada presumo
            - Apenas sei que me abandonaram e que meu avô me adotou
            - Utilizando certas medidas drásticas, se não me engano – como é que ele sabe?
            - Hum… a que quer chegar?
            - Eu gostaria de saber se vós quereis saber mais informações sobre eles – respondeu-me o Mayor
            - É claro que eu quero saber mais coisas sobre eles!
            - Pergunte e eu responderei – respondeu-me ele. Isto já está a fica muito suspeito…- Quem são eles? Porque me abandonaram? É verdade que meu avô esteve envolvido com o seu desaparecimento? Onde é que eles foram? Ainda estão vivos? Tenho algum irmão? Poderei alguma vez saber a verdade?
            - Bem, respondendo só à última, não, vós nunca pudéreis saber a verdade e por isso irei implementar outra vez a tática de seu avô… Peço-lhe imensas desculpas mas é apenas para seu bem – respondeu-me ele, dirigindo-se para cima de mim e agarrando-me os braços
            - Tire as suas mãos de cima de mim, já! – Rosnei para ele, torcendo-me toda para tentar escapar
            - Vós tendes a força de vontade de sua mãe, e o seu espirito, selvagem e indomável… já lhe contei que uma vez fui um cavaleiro? Bem, a minha missão era capturar Elena e Jared, mas ao intersecta-los no seu caminho para Veneza, eu… vós sois muito parecida a sua mãe, como uma espécie de copia, mas com uma leve diferença, vós tenhais os olhos de seu avô, acizentados, no seu estado repousado. Eu sei toda a sua historia, sei que vós pensais que algo de errado se passa consigo, mas é apenas… apenas… não, pensando bem, não lhe ei de dizer tão cedo o que vós sois, minha amada donzela… olhar para si é como voltar a olhar para sua mãe, tão esbelta e magnifica… também eu fui um apaixonado, mas arrependi-me das minhas ações e anos mais tarde desmascarei a localização de seus pais… sim, fui eu quem arruinou a sua vida e serei eu outra vez que irei devolve-la. Mas é claro, só o farei se vós me deixar ajudar… - disse ele, aproximando-se do meu ouvido e murmurando – deixe-me ajudá-la… deixe-me ficar com a sua inocência e satisfazer cada desejo seu
            - Eu não sou a minha mãe! Não sei como ela era e abdico desse conhecimento para apenas dizer que vós sois um velho nojento! Não me admiro ao saber que minha mãe nunca olhara para si, pois quem é que quereria um pobre miserável nojento. Deixe de ter ideias! E como vós já tenhais dito, passo a citar “vós nunca podereis saber a verdade”, então deixe de fazer falsas promessas– sinto me diferente, o ar esta mais leve. De repente começou uma ventania, levantando montes de folhas, e então eu fugi, fugi para junto de quem amo....
            - Não se atrevei a fugir! Se eu a apanhar, você ficara fechada naquela cave ate ao fim dos seus dias!!! – Ameaçou o Mayor.
            - É tarde de mais para voltar atras, não é verdade? Vós entre todos sois o que o sabei melhor. E não se preocupe, nunca mais me porá a vista em cima, e essa é a minha última promessa. – Não sei como, eu estava a controlar o vento… eu consigo controlar o vento… Já tinha ouvido rumores sobre pessoas que conseguiam controlar um dos quatro elementos, aparentemente eu era uma dessas pessoas e o meu elemento era o ar… Parei, bem se eu voltar para trás e lhe perguntar que é isto, ele pode me dizer… não eu nunca mo dirá e provavelmente trancar-me-á outra vez naquela cave… Espera um instante… não posso ir para casa, não posso ir para a estalagem, não posso ficar na aldeia… porque choro? Serão estas lagrimas de felicidade ou tristeza? Por um lado sou finalmente livre mas por outro, o meu mundo está todo a se desabar…
            A Floresta nunca me pareceu tão acolhedora… Até tenho a impressão que me chama… Espera Floresta Negra, eu estou indo!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cap I - A lenda



Apenas com 1 ano fora parar a um orfanato, deixada à porta dele apenas com um bilhete a dizer Lucy Wolffield. Pelo menos isso fora o que lhe contaram,  aqueles que a levaram para longe contra a vontade de Jared Wolffield, seu pai.

Dizia a lenda que Wolffield era uma família da alta nobreza, muito respeitada e poderosa, mas com um filho algo fora do comum. Desde pequeno que roubava, e com os anos ia aperfeiçoando as técnicas. A maior parte dos seus roubos era para ajudar pobres camponeses que nada tinham. Mas apesar das suas boas intensões, era visto como a vergonha dos Wolffield, um filho indesejado. Apesar das contradições, era o herdeiro da família, visto que a sua mãe teve apenas mais 3 raparigas antes de deixar de puder ter filhos devido a complicações no parto da ultima.
Um dia estava a dar um passeio e viu uma rapariga, que pela qual se apaixonou. Elena Rowswell, uma das raparigas mais cobiçadas da cidade. Mas o seu pai não autorizava, nem a presença, de Jared perto dela. Via-o como a um vigarista que queria a fortuna dele. Mas Elena apaixonara-se pelo jovem e charmoso Jared, e sem a permissão do pai, Elena fugiu com Jared, em busca da cidade dos seus sonhos, Veneza. 
Mas formam intercetados por um homem, um cavaleiro, contratado pelo pai de Elena para matar o jovem casal e traze-lo. Mas acontece que o cavaleiro apaixonara-se pela beleza de Elena, muito jovem e sedutora nos seus 16 anos.
 Assim o cavaleiro deixou-os ir, avisando que o pai dela tinha a parte sul da Europa sobre olho, por isso aconselhou-os a irem para um pais mais a norte, como Finlândia ou Noruega. Eles seguiram o conselho e foram então para a Dinamarca, seduzidos pela ideia da neve, algo que nunca tinham visto anteriormente.
Ao chegarem ao pé das árvores, avistaram um sinal a dizer “Aqueles que outrora, cavaleiros, aqui tentaram atravessar e provar que a floresta, escura e perigosa, só passara de um mito, encontram-se lá sepultados num grande cemitério que é a Floresta Negra. Vós que estais lendo isto, se vós quereis uma morte lenta e dolorosa onde nunca será encontrado os seus restos, a floresta estai à vossa disposição.”. Intrigados com o que aquele sinal dizia, seguiram o seu rumo pelo trilho, até chegarem uma aldeia chamada “Ends Ville”, o que também intrigou-os. Dirigiram-se a uma pequena taberna que também era um pequeno motel e alugaram um pequeno quarto. Ficaram nesse quarto até que Jared, que tinha trabalhado intensamente como lenhador na orla da floresta, conseguio dinheiro suficiente para comprar uma pequena e modesta casinha.
Passados dois anos, estando casados e financeiramente estáveis esperavam o seu segundo filho, uma menina cujo nome foi Lucyanne. O primeiro filho tinha nessa altura um ano, e seu nome era Philipe. Elena e Jared nunca chegaram a mudar o nome, pois nunca achavam que seriam procurados nesta parte do mundo, mas aí se enganavam redondamente.
Depois da sua fuga a família de Jared fora torturada para saber a localização destes amantes, porem ninguém sabia. Josefth Wolffield era o pai de Jared, era o único conhecedor de tal informação, mas ele morrera de causas naturais dois dias antes do rapto e chacina da sua família.
Como já devem ter percebido, os Roswell não descansaram até terem Elena e Jared capturados ou mortos. Após descoberta a sua localização no norte da Europa, a única salvação desta família era fugir, mas para onde? Para a Floresta Negra onde o sobrenatural reinava.

Certo dia, ao entardecer, sentia-se na terra os tremores que as pancadas dos cascos dos cavalos imitiam sobre a terra. Era Novembro, dia 26 para ser mais precisa, dia em que Lucyanne comemorava o seu primeiro aniversário. Jared já sabia que este dia seria o fim, como ele estava certo, mas Elena recusava aceitar o facto de que a morte se aproximava.
- Existe sempre uma alternativa, Jer! Nós encontrámo-la antes e iremos encontra-la outra vez. Até que o fim nos separe!
- Ou o teu pai queres tu dizer. Mas tens razão, eu estive a pensar num plano caso este dia chegasse. Mas tu não vais gostar…
-Diz logo, daqui a pouco ficamos sem tempo para agir!
- Como tu sabes eu sou um lenhador, e quando eu estava na floresta à procura de um tipo de madeira, um carvalho negro conectado a um carvalho branco, encontrei uma rede de tuneis por baixo dessas duas árvores. Quando eu tinha algum tempo livre a mais ia explorando e adaptando os tuneis para caso de necessidade futura.
- Isso é ótimo! Porque disseste que eu não ia gostar?
- Porque temos de atravessar quase meia floresta para chegar lá…
- Isso agora não é importante, porque simplesmente não pode importar. É a nossa única opção, a única salvação dos nossos filhos. Que seriamos nós sem eles, e que seriam deles sem nós? Bem, vai preparar os cavalos, eu preparo as nossas coisas.
Daí a quinze minutos já tinham partido, levando o essencial consigo e deixando para trás não só uma casa, mas um lar, onde sentiram-se protegidos de tudo aquilo de que sempre fugiram.


Depois de penetrarem na orla da floresta repararam que tinham estado a ser seguidos por um batedor que usava o brasão da família Rowswell. Jared explicou como se ia ter ao refúgio, através de umas marcas quase invisíveis nas árvores, umas setas. O código era invertido, se apontava para direita era para a esquerda, se apontava para esquerda era direita, e assim por diante. Separaram-se, cada um ficou com um cavalo, o batedor não sabendo o que fazer, segui-o um, que acabou por ser o do Jared. Jared ficara com Lucyanne e Elena com Philipe, quando já estavam a penetrar demasiado na floresta, batedor abordou Jared, perguntando se ele tinha visto alguém chamado Wolffield. No momento em que Jared o encarou, uma dezena de soldados saiu das trevas cercando-o, como uma muralha. De uns dos lados abriu-se um espaço de onde saio com um ar de triunfo Richard Rowswell, pai de Elena.
- Com que então, como está, senhor Wolffield? Mas mais importante, onde está a Elena?
- Ela está a salvo, finalmente a salvo da sua prisão de políticas e preconceitos.
- Vejo que guarda algum rancor, senhor Wolffield. E que é isso aí? – E ao dizer isto três soldados aproximaram-se, arrancando a pequena e inocente bebé dos seus braços, imobilizando-o ao mesmo tempo contra o chão. Um dos soldados trouxe-lhe a bebé embrulhada em pequenos panos arrosados, e ele recebeu-a e afagou-a contra o peito num gesto protetor – Bem, parece que finalmente temos algo em comum. A ambos foi-nos tirado o que a certa altura era o mais importante, e agora a ambos não nos sobra nada além da saudade de puder proteger a nossa pequena e inocente filha. Bem que agora de inocente minha filha não tem nada, não passa de uma desamparada que só sabe ir pelos maus caminhos. Foi um prazer reencontra-lo, senhor Wolffield. Ah, já me esquecia, você é o último Wolffield vivo. Bom proveito da vergonha que carrega. – E assim deu meia volta e foi-se encaminhando para fora dali.
- Espere! Isto não ficará assim! – Mas vendo que aquelas palavras de nada serviam acrescentou: - Ela chama-se Lucyanne, em honra da sua falecida mãe. Elena disse que após a sua morte, você nunca mais foi o mesmo. Lamento por ter de carregar a dor de ter assinado a sentença de morte de sua mãe, mas você nunca a devia ter denunciado. As bruxas gostam de ser mantidas em segredo, tendo em conta que normalmente toda a família o é. – Isto fez com que ele parasse de andar, mas mantinha-se de costas voltadas para Jared – Mas foi pelo facto de que você não o era que a denunciou, sentia-se muito diferente do resto da sua família, intimidado. Ser o excluído, por vezes é muito desagradável, ser o único fora do segredo passado de geração em geração. Até os seus descendentes o são, sobrenatur……
- Chega!!!! – disse Rowswell interrompendo Jared – Não admito que ande por aí a profanar a minha família. Nunca mais verá a sua filha e sua sorte, senhor Wolffield, é que eu não sei onde está a minha senão também nunca a veria outra vez. Se nos encontrarmos de novo, considere-se um homem morto. – e assim foi-se embora de vez, em passos apressados, levando todos os soldados consigo, deixando-o ofegante por ter estado numa posição tão desconfortável por tanto tempo.
Levantou-se a custo, dirigindo-se para o seu cavalo, pensando em como diria a Elena que Lucy foi-lhes retirada, a sua pequena joia fora lhes retirada… tudo por culpa dele, pela sua ignorância. O caminho para os carvalhos nunca lhe parecera tão insignificante, estava a ver tudo turvado pelas lagrimas, pela certeza de que nunca mais a veria… E assim se deu o início do seu fim.......