Lucy POV:
Bem, estou muito determinada em descobrir a minha verdadeira história, pois eu não acredito naquela que me foi contada.
A
história é que uma rapariga muito jovem cedeu à tentação antes do
casamento e engravidou. O pai da criança tinha ido para a guerra e
desaparecido por isso a única solução para ela era se livrar do bebé,
deixando-o na porta do orfanato com um bilhete com o meu nome e data de
nascimento. Acontece que quando ela estava a se ir embora foi vista por
um homem que a identificou como sendo Elena Rowswell, filha única do dono do
orfanato, esta nunca mais fora vista e pensa-se que se encontra morta.
Ela era a amante de Jared Wolffield, que morrera em combate
(supostamente). Eu não acredito nessa história.
O
dono do orfanato, meu avô, chama-se Richard Rowswell e ele disse para
nunca me preocupar em descobrir os meus pais, pois eles abandonaram-me e
não quereriam saber de mim. Existem muitos rumores sobre o triunfo de
Wolffield na conquista da sua amada e no seu amor proibido. Um deles é
que eles eram perseguidos por um homem muito poderoso e esconderam-se cá
em “Ends Ville”, cá eles tiveram um filho, que adoecera e morrera e
depois tiveram uma filha. O tal homem descobriu onde estavam escondidos e
eles fugiram para a Floresta Negra, deixando a filha para trás, e
pensa-se que estão mortos pois quem entra na Floresta nunca chega a
voltar. Diz-se que os seus espíritos amaldiçoaram a Floresta e há
desaparecimentos regulares, como se fosse a forma pela qual eles se
vingavam de terem ser impedidos de se amarem, nesse que é chamado o amor
proibido.
Hoje
faço 18 anos, o que quer dizer que já me posso casar segundo meu avô. Tenho um namorado
secreto, pois não me é permitido ter namorados, ele chama-se Christian
Campbell. Eu e ele andamos em busca da verdadeira versão da história,
por isso hoje vamos entrar na casa do Mayor da vila para ir à sala do
arquivo.
- Chris, não pudemos demorar muito, pois eu tenho de me encontrar com meu avô para o chá
-
Não se preocupe, quase que não demoraremos nada. Eu nunca deixaria a
minha donzela ficar mal, além disso eu também tenho os meus compromissos
– respondeu-me ele. Adoro
quando utiliza a palavra “minha” quando me elogia, faz-me sentir que,
pelo menos, alguém ainda se importa comigo, ele é o único que nunca me
abandonou. Respondi-lhe com um olhar, aquele tipo de olhar que vale mais
que as palavras. Agora já não podemos fazer barulho, estamos já quase
na casa do Mayor. Chris foi à frente, ver se o caminho estava livre, e
eu segui-o um pouco distante. Será que os meus pais podem estar vivos?
Será que eles não entraram completamente na floresta e fugiram? Quem
será o homem poderoso que os perseguia? Será que eles abandonaram-me
mesmo? Qual é a minha verdadeira história? Porque é que quando coisas
estranhas acontecem, eu sinto-me diferente? Será que lá estão todas as
minhas respostas? A minha vida foi sempre vivida na incerteza do meu
passado e no meu receio pelo futuro. Vivi enclausurada durante 14 anos, a
me questionar e agora existia a chance, embora pequena, de eu obter
todas as minhas respostas, de saber tudo, ao lado de quem amo.
-
Lucy, avançai! Se vos afastardes muito perder-vos-ei e vos podereis ser
apanhada pelos guardas rotineiros – e assim despertei da minha
fantasia, do meu maior sonho: descobrir quem são os meus pais.
-
Não precisa de se preocupar comigo, eu conheço esta casa como a palma
da minha mão. Passei aqui os meus primeiros anos, antes de…
- Antes da cave… Eu percebo. Vem aí alguém!
-
Bem, não está aqui ninguém… Pensei ter ouvido vozes vir deste lado –
disse o guarda. Que sorte ele não nos ter visto… - Bem, acho que se for
descansar um bocadinho ninguém vai sentir a minha falta… esta vila nem
roubos tem, quanto mais assaltantes… a sala dos arquivos parece ser
perfeita para dormir um bom sono… - e assim encaminhou-se para lá em
passo apressado
Isto não podia correr pior… Mas será que ele não tinha outro lugar para ir descansar? Tinha mesmo de ser na única sala em que nós precisávamos de ir?!
- Bem, Lucy estai disposta a esperar aqui enquanto eu vou buscar o seu arquivo? – Sussurra-me Chris
-
Não! Eu não vim aqui para depois desistir e deixar-vos fazer o trabalho
todo, eu também irei. – Então, dito isto, fomos para a sala de arquivo
em bicos de pés. Relaxamos um bocadinho quando ouvimos os ressonar suave
do guarda, que belo dia para dormir… Ao abrir a gaveta, fez-se um leve
som estridente, a gaveta estava perra. O guarda virara-se no chão, onde
dormitava, mas não acordara. Olhei de volta à gaveta e vi uma pasta com o
nome Wolffield, Lucyanne. Bloquei, todas as respostas estavam nas
minhas mãos, só me vêm lagrimas aos olhos e foi assim que tudo
escureceu.
Chris POV:
- Lucy, já encontrou alguma coisa? – Disse olhando para o lado, mesmo a tempo de vê-la desmaiar. Consegui
ampará-la, e reparei que ela tinha o seu ficheiro na mão. Será que ela
viu algo muito perturbante? Só consigo pensar em tira-la daqui. Vou
pousa-la no chão, fechar as gavetas e sair daqui o mais depressa
possível. Como isto foi acontecer… Bem está ali a igreja, posso-me
esconder lá até ela acordar…
Lucy POV:
- Hum… o que é aconteceu? – A
última coisa de que me lembro é de ter encontrado o meu ficheiro e
depois, bem… mas como é que eu cheguei ao jardim atrás da igreja?
-
Desmaiou quando encontrou o seu ficheiro e eu pensei que isso tenha
acontecido porque vós tivestes visto algo muito perturbante, por isso eu
li e reli tudo, mas não encontrei nada que possa ter causado o seu
colapso.
-
Bem, eu desmaiei pois era tanta a minha alegria de ter finalmente as
respostas nas minhas mãos, e agora estraguei tudo e não sei nada……
-
Não é bem assim – disse Chris, passando-me três ficheiros, o meu, o de
Elena Wolffield e o de Jared Wolffield – após o casamento, todos vós
tínheis o mesmo apelido, o que facilitou um pouco a tarefa de busca,
havia mais um ficheiro com o apelido Wolffield, mas estava em muito más
condições, por isso não tenho a certeza de que seja Wolffield. Neste
momento falta meia hora para o chá de seu avô por isso despache-se a ler
os ficheiros que depois tenho de voltar a pô-los lá, na sala de
arquivo.
- Não se preocupe, eu não demorarei muito. Agora se me dá licença, irei para ali.
Após quarenta e cinco minutos
Nem
acredito que me deixei levar pela leitura, agora irei chegar tarde ao
chá e meu avô me irá perguntar onde estive, mas em comparação ao que eu
descobri isso não é nada. Aquele monstro, como pode ele perseguir os
meus pais, obrigando-os a vender-me em troca da sua liberdade… e como
puderam eles aceitar tal troca sem qualquer hesitação… cheguei a casa de
meu avô… vejamos o que ele me tem a dizer…
-
Desculpe o atraso, avô. Eu distraí-me com as horas quando estava a dar
um passeio e… Avô? Avô? Onde está? Responda-me por favor! Ó meu Deus…
ALGUEM QUE ME AJUDE! POR FAVOR! ALGUE… - o meu avô está no chão, será
que morreu? Por favor meu deus, não permita que isto aconteça… por favor
NÃO!
-
Menina Lucy, ouvi-a gritar, esta bem? O que acontec…. Ó meu deus nosso
senhor… - a escrava de meu avo entrara ao ouvir meus gritos, veio ver se
tudo estava bem e encontra o seu patrão estendido no chão,
provavelmente morto…. - Eu já vou buscar ajuda…
Não!!!!! Eu preciso de si avô! Não vá!!!! Por favoorrr!!!!!
. . .
- E assim nos despedimos deste que fora Richard Rowswell. Descanse na paz de Deus – e assim terminou o funeral do avô. Agora
terei de ficar com o Mayor da aldeia porque em caso de morte, o meu
avô… simplificando, eu sou uma parte do testamento e o Mayor fica
encarregue de mim até eu casar, com quem ele quiser…
Já
estou a ficar farta de me estarem sempre a olhar de lado e a dizer “as
minhas condolências”, nunca perderam um membro da família?!
- Lucyanne, preciso de falar consigo – disse me o Mayor – é sobre os seus pais
- Sobre os meus pais?! Diga logo o que tenciona dizer.
- O que sabes sobre eles? Quase nada presumo
- Apenas sei que me abandonaram e que meu avô me adotou
- Utilizando certas medidas drásticas, se não me engano – como é que ele sabe?
- Hum… a que quer chegar?
- Eu gostaria de saber se vós quereis saber mais informações sobre eles – respondeu-me o Mayor
- É claro que eu quero saber mais coisas sobre eles!
- Pergunte e eu responderei – respondeu-me ele. Isto já está a fica muito suspeito…-
Quem são eles? Porque me abandonaram? É verdade que meu avô esteve
envolvido com o seu desaparecimento? Onde é que eles foram? Ainda estão
vivos? Tenho algum irmão? Poderei alguma vez saber a verdade?
-
Bem, respondendo só à última, não, vós nunca pudéreis saber a verdade e
por isso irei implementar outra vez a tática de seu avô… Peço-lhe
imensas desculpas mas é apenas para seu bem – respondeu-me ele,
dirigindo-se para cima de mim e agarrando-me os braços
- Tire as suas mãos de cima de mim, já! – Rosnei para ele, torcendo-me toda para tentar escapar
-
Vós tendes a força de vontade de sua mãe, e o seu espirito, selvagem e
indomável… já lhe contei que uma vez fui um cavaleiro? Bem, a minha
missão era capturar Elena e Jared, mas ao intersecta-los no seu caminho
para Veneza, eu… vós sois muito parecida a sua mãe, como uma espécie de
copia, mas com uma leve diferença, vós tenhais os olhos de seu avô, acizentados, no seu estado repousado. Eu sei toda a sua historia,
sei que vós pensais que algo de errado se passa consigo, mas é apenas…
apenas… não, pensando bem, não lhe ei de dizer tão cedo o que vós sois,
minha amada donzela… olhar para si é como voltar a olhar para sua mãe,
tão esbelta e magnifica… também eu fui um apaixonado, mas arrependi-me
das minhas ações e anos mais tarde desmascarei a localização de seus
pais… sim, fui eu quem arruinou a sua vida e serei eu outra vez que irei
devolve-la. Mas é claro, só o farei se vós me deixar ajudar… - disse
ele, aproximando-se do meu ouvido e murmurando – deixe-me ajudá-la…
deixe-me ficar com a sua inocência e satisfazer cada desejo seu
-
Eu não sou a minha mãe! Não sei como ela era e abdico desse
conhecimento para apenas dizer que vós sois um velho nojento! Não me
admiro ao saber que minha mãe nunca olhara para si, pois quem é que
quereria um pobre miserável nojento. Deixe de ter ideias! E como vós já
tenhais dito, passo a citar “vós nunca podereis saber a verdade”, então deixe de fazer falsas promessas– sinto
me diferente, o ar esta mais leve. De repente começou uma ventania,
levantando montes de folhas, e então eu fugi, fugi para junto de quem
amo....
- Não se atrevei a fugir! Se eu a apanhar, você ficara fechada naquela cave ate ao fim dos seus dias!!! – Ameaçou o Mayor.
-
É tarde de mais para voltar atras, não é verdade? Vós entre todos sois o
que o sabei melhor. E não se preocupe, nunca mais me porá a vista em
cima, e essa é a minha última promessa. – Não
sei como, eu estava a controlar o vento… eu consigo controlar o vento…
Já tinha ouvido rumores sobre pessoas que conseguiam controlar um dos
quatro elementos, aparentemente eu era uma dessas pessoas e o meu
elemento era o ar… Parei, bem se eu voltar para trás e lhe perguntar que
é isto, ele pode me dizer… não eu nunca mo dirá e provavelmente
trancar-me-á outra vez naquela cave… Espera um instante… não posso ir para
casa, não posso ir para a estalagem, não posso ficar na aldeia… porque
choro? Serão estas lagrimas de felicidade ou tristeza? Por um lado sou
finalmente livre mas por outro, o meu mundo está todo a se desabar…
A Floresta nunca me pareceu tão acolhedora… Até tenho a impressão que me chama… Espera Floresta Negra, eu estou indo!
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Espero que estejam a gostar, eu não.
Sinto-me extremamente bem em escrever esta história
Nada me poderá impedir de continuar
Assim vos deixo
KS
Together we all form one
Gostei, gostei... Tás a evoluir bem, mas tem cuidado quando utilizares esse tempo nos verbos, é um pouco complicado, e se o quiseres fazer, deve ser a historia toda... Mas está soberba!! Eu nunca pensei que ela fosse uma airbender!! Continua!!!!
ResponderEliminarMagui*.*
Continua pk tá a ficar interessante. Mas espera... ela tem algum poder ou isso? É pk é o que parece. Está beautifull. Bjs...
ResponderEliminar*Tânia ;)
Bem, se ela tem puderes ou não, isso eu já não sei... porque eu não escrevo a historia, ela escreve-me a mim
EliminarTa bue fixe continua a escrever :)
ResponderEliminarA.C